Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM)
Agência Brasil/Marcello Casal JR
Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM)

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem investigado, sigilosamente, possíveis irregularidades no Ministério da Saúde, na gestão do médico Luiz Henrique Mandetta (DEM), segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (16) pela revista Veja. 

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Funcionários do Comitê de Crise criado pelo Palácio do Planalto, sede do governo, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e militares do Exército tem analisado contratos do Ministério da Saúde, sob o comando de Mandetta , com empresas prestadoras de serviço. São investigados possíveis pagamentos suspeitos, liberação de recursos para prefeituras, contratos que poderiam ter sido feitos com empresas que não existem ou só existem no papel e cobrança de comissões. 

As investigações, segundo relatos de um servidor ouvido pela revista, estariam acontecendo desde o final do ano passado, mas passaram a receber mais atenção com o início da tensão entre Mandetta e Bolsonaro. Segundo a revista, um dossiê onde há uma lista com erros estratégicos ou administrativos estava sendo preparado como forma de pressionar o médico a se demitir do Ministério da Saúde . Na tarde desta quinta (16), após mostrar resistência a sair da pasta por conta própria, ele foi demitido.

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Os principais investigados do dossiê são dois ex-deputados do DEM, que também são amigos de Mandetta e haviam assumido postos no ministério: o  assessor especial do ex-ministro José Carlos Aleluia e Abelardo Lupion, que ocupa cargo na diretoria da pasta, fechando acordos entre o ministério e os estados e municípios. Ambos cuidam das informações de grandes compras da pasta e ambos foram acusados de receber caixa dois na delação da Odebrecht para a Lava Jato.

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Um dos últimos casos investigados sobre a gestão de Mandetta foi a compra e o envio de respiradores para hospitais de Manaus. Os equipamentos teria chegado à cidade, mas com peças faltando e não puderam ser utilizados.


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