Ministro da Justiça e Segurança  Pública, Sérgio Moro
Agência Brasil
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta segunda-feira que o medo de que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus leve a uma onda de desabastecimento e consequentes distúrbios é infundado. Ele elogiou medidas adotadas pelo Ministério da Economia, como o estabelecimento de uma renda mínima de R$ 600 para trabalhadores informais, e minimizou a possibilidade de caos social. A fala foi realizada durante uma videoconferência organizada pela XP Investimentos.

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"Há um temor de que haja distúrbios sociais por problemas de abastecimento, de falta de acesso à renda... Me parece que esse problema está sendo equacionado muito bem pela economia, que está providenciando os mecanismos para evitar que pessoas fiquem sem renda e sem salário. E, de todo modo, esse é um temor, até o momento, abstrato. Não existe sinalização concreta de que vamos entrar num cenário de sublevação social. Creio que não (…) Mas é uma possibilidade que temos que ficar atentos", disse Moro .

O ministro citou que dados preliminares indicam efeitos paralelos provocados pela estratégia de distanciamento social, como a redução de acidentes em rodovias federais. Com relação às consequências para a segurança pública, Moro ponderou que é cedo para fazer uma avaliação. "Estamos assistindo a quais vão ser os efeitos da pandemia na segurança pública. Ainda há certa incógnita se efeitos vão ser passageiros ou duradouros".

Moro foi questionado sobre a possível demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas se esquivou e afirmou que não trabalha com “especulações”. O ministro da Justiça voltou a citar o isolamento social como fator importante de combate ao novo coronavírus , mas pontuou que a política deve ser acompanhada de medidas econômicas.

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"Isolamento tem que ser o que for necessário para debelar a epidemia. Estados estão adotando isolamentos e quarentenas com base na autonomia deles. Há recomendação geral nesse sentido, embora existam divergências razoáveis nesse tema. É importante conciliar o isolamento com as medidas econômicas que o governo tem tomado", avaliou Moro .

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