Planalto garante que "inexistiu perigo" de Bolsonaro transmitir coronavírus

Declaração acontece após críticas feitas ao presidente após ele cumprimentar apoiadores em manifestação antes de fazer segundo exame

Bolsonaro em ato pró-governo
Foto: Reprodução
Bolsonaro em ato pró-governo

Após o segundo teste para o novo coronavírus feito pelo presidente Jair Bolsonaro dar negativo, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou, em nota divulgada na manhã desta quarta-feira, que "inexistiu perigo de contágio" para as pessoas que tiveram contato com Bolsonaro nos últimos dias.

Leia também: Vírus do impeachment? entenda como a pandemia abalou o governo Bolsonaro

Bolsonaro foi criticando por participar de uma manifestação em Brasília no último domingo, onde cumprimentou diversos apoiadores. Dias antes, o próprio presidente havia recomendado que o protesto fosse adiado como forma de precaução contra o coronavírus.

"O recente exame atesta o resultado negativo anterior, realizado na última quinta-feira (12/03), comprovando que inexistiu perigo de contágio para aqueles que tiveram contato com o Presidente da República nos últimos dias", diz a nota.

Bolsonaro realizou o primeiro exame para o coronavírus na última quinta-feira, após o Secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, ser diagnosticado com a doença. O resultado, negativo, foi divulgado na sexta-feira.

Você viu?

Leia também: Idoso de 69 anos morre com sintomas de coronavírus em hospital do Rio de Janeiro

A nota divulgada nesta quarta-feiea também afirma que "o governo federal reitera seu compromisso com a saúde da população e registra sua preocupação com a situação decorrente do Covid-19, razão pela qual vem divulgando, diariamente, amplas medidas de combate à pandemia, sem recair, contudo, em alarmismos".

Bolsonaro tem criticado o que classificou de "histeria" em torno do vírus e mostrou-se preocupado com os impactos na economia.

Até o momento, 16 pessoas que tiveram contato com Bolsonaro em sua viagem recente aos Estados Unidos foram diagnosticadas com o novo coronavírus.

Além de Wajngarten, os outros são o secretário-adjunto de Comunicação, Samy Liberman; o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC), a advogada Karina Kufa, o publicitário Sérgio Lima, o diplomata Nestor Forster, o prefeito de Miami, Francis Suarez; o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo; o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade; o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe; o chefe do cerimonial do Itamaraty, Alan Coelho de Séllos e quatro integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), cujos nomes não foram revelados.

Leia também: Presos no Marrocos, brasileiros pedem "socorro" ao Itamaraty para voltar ao país