A assinatura de sete eleitores mortos na lista de apoios apresentada pela Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar foi identificado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A advogada e tesoureira da sigla, Karina Kufa, informou que pediu uma verificação interna e em pelo menos um dos casos ficou constatado que o apoiador assinou a lista em 26 de janeiro e morreu em 22 de fevereiro.
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O Aliança pelo Brasil precisa coletar 491,9 mil assinaturas para ter o registro aprovado e poder disputar as eleições. Até o momento, a legenda apresentou ao TSE mais de 80 mil fichas assinadas. Desse total, apenas 6.605 foram aprovadas, menos de 2% do necessário. Os técnicos da corte rejeitaram 13,7 mil incluindo os sete apontados como mortos. As demais assinaturas ainda estão em análise.
Um integrante do Aliança, que pediu para não ser identificado, disse ao UOL que há a possibilidade dos nomes terem sido incluídos de forma proposital na lista entregue ao TSE como forma de boicote a nova legenda de Bolsonaro.
"Nós adotamos o sistema de reconhecimento de firma justamente para impossibilitar o uso de fichas por eleitor falecido, como foi denunciado massivamente no momento da criação do PSD", disse Karina, sobre a sigla criada pelo ex-ministro Gilberto Kassab .
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A ideia de criar um novo partido nacional surgiu em novembro após o presidente Jair Bolsonaro romper com o PSL , legenda pela qual foi eleito em 2018.