Doria critica "lamentável apoio" de Bolsonaro a ato contra Congresso
Governador de São Paulo usou as redes sociais para lembrar que Brasil "lutou muito para resgatar sua democracia"
Por iG Último Segundo |
Nesta quarta-feira (26), João Doria, governador do estado de São Paulo, utilizou as redes sociais para repudiar o apoio do presidente Jair Bolsonaro a um ato de manifestação contra o Congresso Nacional que acontecerá no próximo dia 15 de março.
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O Brasil lutou muito para resgatar sua democracia. Devemos repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país. Lamentável o apoio do Presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o Congresso Nacional.
— João Doria (@jdoriajr) February 26, 2020
"O Brasil lutou muito para resgatar sua democracia. Devemos repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país. Lamentável o apoio do Presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o Congresso Nacional", escreveu Doria, após a divulgação de que Bolsonaro estaria disparando para contatos um vídeo que convoca a população a participar do protesto.
Este é mais um episódio que coloca Doria em lado oposto ao do presidente. Na última semana, o governador criticou o fato de Bolsonaro "governar pelo WhatsApp" e o convocou a participar de fórum com líderes de outros estados logo após o carnaval.
"Não posso compreender como administrar o Brasil sem conversar com os governadores, sem dialogar e compreender as suas necessidades. São os governadores que fazem a capilaridade junto aos municípios, nos seus estados. Não conheço administração por WhatsApp . Pode ser uma inovação do presidente Bolsonaro, mas eu não conheço eficiência se não houver diálogo e entendimento", afirmou Doria, após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "O que propomos é o diálogo. Se Bolsonaro aceitar o convite, será muito bem recebido"', acrescentou.
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Apoio ao presidente
Por outro lado, houve quem saísse em defesa de Bolsonaro e criticasse a divulgação do vídeo. Também por meio das redes sociais, o ministro Abraham Weintraub foi um dos que apontou a informação como "fake news" e chamou a jornalista que publicou a matéria de "Pinóquio".