Foto: Governo de São Paulo / Divulgação
João Doria em coletiva de imprensa
"Não posso compreender como administrar o Brasil sem conversar com os governadores, sem dialogar e compreender as suas necessidades. São os governadores que fazem a capilaridade junto aos municípios, nos seus estados. Não conheço administração por WhatsApp
. Pode ser uma inovação do presidente Bolsonaro, mas eu não conheço eficiência se não houver diálogo e entendimento", afirmou Doria, após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "O que propomos é o diálogo. Se Bolsonaro aceitar o convite, será muito bem recebido"', acrescentou.
Há alguns dias, Bolsonaro
deu declarações que irritaram os governadores. Em uma delas, o presidente afirmou que o governo federal reduziria os impostos sobre combustíveis, se os estados diminuíssem o ICMS sobre esses produtos, para permitir a queda dos preços cobrados ao consumidor. Em outra, disse que a morte do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega foi causada pela Polícia Militar da Bahia, governada pelo petista Rui Costa. Como reação, vinte governadores assinaram uma carta criticando Bolsonaro.
João Doria
disse ainda que, nesta tarde, pedirá R$ 350 milhões ao governo federal, para financiar projetos de apoio e prevenção ao estado, que junto com Rio de Janeiro e Minas Gerais foi fortemente atingido pelas chuvas. A solicitação será feita em uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Disse que, assim como a União fez com Minas Gerais - governado por Romeu Zema (Novo) — ao repassar R$ 1 bilhão a fundo perdido, São Paulo quer o mesmo tratamento.
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"Estamos indo a Rogério Marinho republicanamente, serenamente, para pedir R$ 350 milhões para a execução de projetos que já esto prontos. O dinheiro é a fundo perdido. São Paulo contribui substancialmente com seus impostos para o governo federal. Está na hora de o governo federal contribuir com São Paulo", afirmou Doria.