Cercado de cuidados para evitar expor sua tornozeleira eletrônica, o ex-governador Luiz Fernando Pezão , solto no último dia 11 de dezembro da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, falou ao GLOBO sobre sua decepção e frustração com o ex-aliado Sérgio Cabral - já na 14ª condenação pelo megaesquema de corrupção desbaratado pela Lava-Jato. “Ele decidiu se voltar pra mim na 14ª condenação. Fiquei indignado”, disse Pezão, em sua casa em Piraí.
Escoltado pela mulher, Maria Lucia, que não permitia fotos da piscina ou de imagens espalhadas pela casa - como o famoso “São Pidão”, que levava em suas incursões a Brasília como governador para pedir verbas ao Rio e que agora está na cabeceira da cama.
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Ele afirma que chegou a alertar o então governador, quando era vice, do excesso de ostentação que nutria em sua vida pessoal. Garante que vive da aposentadoria da mulher. E que paga uma quantia de 4 mil reais a seu advogado, preço bem abaixo do mercado. E que o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo advoga de graça para ele em Brasília.