O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que parte dos ministros do governo Jair Bolsonaro ainda tem agenda voltada para as redes sociais. Segundo ele, trata-se de um grupo dentro do governo, mas fora do Palácio do Planalto, que ainda acha que a permanência na polarização ideológica é o que mantem sua força política. Maia não citou nominalmente nenhum ministro.

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Maia avalia que a PEC precisa de tempo para um debate amplo
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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"Desde o início, o Parlamento vem se focando nos problemas do Brasil e não nas redes sociais. A gente sabe que os problemas do Brasil são maiores e mais complexos do que ficar batendo boca com aqueles que pensam diferente da gente nas redes sociais", afirmou Maia, durante evento na capital paulista promovido pelo banco BTG Pactual.

Ele observou que frases de efeito “viralizam” nas redes sociais para o bem e para o mal.  "Às vezes você acerta uma frase, às vezes você erra. E quando você erra isso viraliza também contra você", afirmou.

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Maia disse que a ala ideológica do governo ainda tem alguns ministérios importantes. O deputado disse que mais grave que os comentários é ver pastas tão decisivas para o futuro de uma nação presas nesse tipo de agenda.

"E o problema verdadeiro da pasta não está sendo tratado. Está sendo tratada a agenda que transforma um tema pequenininho, mas que em tese vai atingir o PT. Aí vira um tema de rede social. Eles conversam entre si e ficam achando que o Brasil é esse um milhão de pessoas que estão nas redes sociais", disse.

Maia disse ainda que não faz parte do grupo ideológico 'que não chamo de direita, mas chamo de autoritário das redes sociais'. Segundo ele, há nesses agrupamentos uma agenda de enfrentamento e enfraquecimento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Enfatizando que não se referia a Bolsonaro, com quem tem boa relação, Maia disse que há pessoas com menos espaço no governo responsáveis por fazer ataques frequentes ao ex-presidente Lula enquanto há questões graves a serem resolvidas como problemas na Educação, falta de vagas em hospitais e a violência. "Esse ambiente de fake news não gera nenhuma solução para os problemas reais da sociedade brasileira", finalizou.

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