O ministro da Educação, Abraham Weintraub, fala nesta terça-feira (11) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado para dar explicações sobre problemas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.
Um requerimento apresentado pelo líder da minoria, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), previa a convocação de Weintraub. Nesse caso, ele seria obrigado a comparecer. No entanto, governistas negociaram com a oposição e conseguiram transformar a convocação em convite, que foi aceito pelo ministro.
Foram quase 200 mil reclamações de erros no Enem e representações contra a prova. A justificativa do MEC foi que houve falha na gráfica que imprimiu as provas e, por causa das cores diferentes dos testes, o gabarito teria sido associado ao de outras. Também houve problemas com a inscrição para a lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
No início de fevereiro, parlamentares foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir o impeachment do ministro por suposto crime de responsabilidade. O texto se apoia em trechos do relatório produzido pela Comissão Externa de Acompanhamento do MEC (Comex), presidida pela deputada federal Tabata Amaral e sob relatoria do deputado federal Felipe Rigoni.
O relatório classificou a gestão da pasta como "insuficiente" e emitiu 52 recomendações ao órgão. O texto traz um panorama das ações do governo de Jair Bolsonaro na Educação e conclui que a gestão do órgão está "muito aquém do esperado".