E-mails obtidos pela Polícia Federal (PF) mostram que houve "direcionamento político" em contratos firmados entre a operadora telefônica Oi e empresas de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha e filho do ex-presidente Lula . Ele foi alvo da Operação Mapa da Mina, a 69ª fase de Lava Jato deflagrada em dezembro de 2019, por suspeita de recebimento de propina valor de R$ 132 milhões. A informação é do jornal O Estado de São Paulo .
Segundo investigação do Ministério Público Federal (MPF), parte desses recursos foi usada para compra do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo pivô da maior condenação da Lava Jato já imposta a Lula: 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. O petista recorre em liberdade.
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A PF fez buscas nas empresas, e também na sede das operadoras telefônicas que teriam feito os pagamentos. Um dos locais vasculhados foi a sede da Telemar, no Rio de Janeiro, onde foi apreendido um HD com 1000 gigabytes de dados.
No computador, foram encontrados registros de e-mails entre funcionários da Oi e da Gol Mobile. Na caixa de entrada do CEO da Oi, Eurico de Jesus Teles Neto, a PF afirma que "foi identificada uma sequência de e-mails, ocorrida entre o final do ano de 2011 e início de 2012, que visava regularizar a situação da GOL MOBIL uma vez que este fornecedor não executava uma 'prestação de serviço tradicional'".