Um mês depois de ser notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro respondeu à interpelação e afirmou que não cometeu ilícitos ao chamar o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil , de "malandro". As informações são da Folha de S.Paulo.
Em julho de 2019, Bolsonaro afirmou que o jornalista não seria prejudicado pela portaria 666, que previa a expulsão de pessoas perigosas do Brasil. “Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro para evitar um problema desse casa com outro malandro ou adota criança no Brasil”, disse o presidente.
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A ministra Rosa Weber, por sua vez, solicitou que Bolsonaro esclareça "expressões caracterizadas por dubiedade, equivocidade ou ambiguidade". Nesta segunda-feira (3), o presidente afirmou estar tranquilo sobre as declarações pois "não se pode inferir a imputação de qualquer crime, tampouco o intuito de ofender a honra alheia, motivo pelo qual não devo responder por quaisquer das condutas previstas".
Ele afirmou ainda que o comentário foi político e baseado na livre manifestação do pensamento, "sem qualquer conteúdo ilícito, o qual não se enquadra em qualquer conduta prevista no Código Penal".