Ministro Sérgio Moro participa Roda Viva - O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro participa na noite desta segunda-feira (20) do programa Roda Viva
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Ministro Sérgio Moro participa Roda Viva - O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro participa na noite desta segunda-feira (20) do programa Roda Viva

O ministro da Segurança e da Justiça Sérgio Moro afirmou na noite desta segunda-feira (20), durante a participação no programa Roda Viva, que as informações divulgadas pelo The Intercept Brasil não passam de “um monte de bobajarada". Moro minimizou as revelações que apontaram condutas ilegais da época em que ele era  juiz durante a operação Lava Jato. O atual ministro alegou que o que aconteceu na altura foi um uso político das informações com a intenção de lhe prejudicar.

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“Esse é um episódio menor. Nunca entendi a importância daquilo. Foi usado politicamente. Para soltar prisioneiros condenados. Tenho a consciência tranquila do que fiz como juiz", disse.

O Ministro da Justiça e Segurança Publica, Sergio Moro, participa do programa Roda Viva da TV Cultura em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (20)
Agência O Globo / Zimel
O Ministro da Justiça e Segurança Publica, Sergio Moro, participa do programa Roda Viva da TV Cultura em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (20)

Quando questionado sobre o vazamento do áudio da conversa entre Lula e Dilma em março de 2016, o ministro afirmou que foi dada muita importância a um conteúdo que 'não merecia atenção'.

"Existe ali uma tentativa de obstrução da justiça naqueles áudios. Foi uma decisão fundamentada e tornei o áudio público. Não houve manipulação. Aqueles áudios revelavam uma tentativa de obstrução da justiça.  Nada ali foi objeto de manipulação (…) O Gilmar Mendes deve assumir suas responsabilidades", disse em resposta ao diretor da sucursal de Brasília da Folha de São Paulo, Leandro Colon.

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Moro também foi questionado sobre a influência de vazamentos em eleições, afirmando que não houve dois pesos diante do caso de Palocci e de Lula. “O episódio do Palocci é superdimensionado. O que ele falou em audiências públicas está no depoimento dele por escrito. No depoimento do Lula, teve toda uma mobilização. Correligionários ameaçavam violência. Aquilo galvanizou a atenção do país. É uma diferença de grau.”

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O ministro da Justiça desviou de esclarecimentos sobre o que pensava a respeito dos ataques do presidente à imprensa.

Caso Marielle

Sergio Moro assegurou que o governo federal é o maior interessado em elucidar as questões por trás do assassinato da ex-vereadora do PSOL, Marielle Franco. "Defendi que essa era uma investigação prioritária. Quando o caso estava com a Polícia Civil do Rio, havia sido incluída uma testemunha fraudulenta. Demos o apoio, como trabalho da Polícia Federal, para que as investigações retomassem o rumo certo".

Ao mesmo tempo, Moro expôs que acredita que o melhor seria levar a investigação da morte da vereadora para a Justiça federal. "Quando falei isso, familiares da Marielle disseram que não deveria federalizar. Com medo de que o governo fizesse algo de errado com a investigação. Achei melhor sairmos do caso".

Documentário

 O ministro da Justiça revelou durante a entrevista ao Roda Viva que assistiu no último final de semana ao documentário Democracia em Vertigem, de Petra Costa, que foi indicado ao Oscar. O ex-juiz comentou sobre o longa no contexto de uma pergunta a respeito das condenações da Lava Jato. 

“Não teve ninguém que foi condenado injustamente. O que teve foi um esquema criminoso, que afetou a Petrobras , que envolvia pagamento de suborno em todo contrato da Petrobras, e isso alimentava diretores, gerentes e partidos políticos. E não foi só para financiamento ilegal como vi em um documentário que foi divulgado, tive a curiosidade de ver no final de semana. E fala que foi financiamento. Não. Foi enriquecimento ilícito. Quase quebraram a empresa”.

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