"Já fiz mais pelo combate ao assédio do que as feministas", diz deputado do PSL

Jessé Lopes escreveu que o movimento feminista está "tirando o direito da mulher de ser assediada" e insinuou que Greta é "autista chata pra c*"

Deputado fez posts em sua conta do Twitter
Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL
Deputado fez posts em sua conta do Twitter

Após dizer que o movimento feminista está "tirando o direito da mulher de ser assediada", o deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC), afirmou nesta terça-feira (14) que já fez mais pelo combate ao assédio do que as feministas. 

Na postagem que viralizou na tarde de  segunda, o deputado criticou a campanha “Não é Não” do Coletivo Feminista de Santa Catarina para o Carnaval deste ano, afirmando que homens e mulheres gostam de ser assediados. “Massageia o ego, mesmo que não se tenha interesse na pessoa que tomou a atitude”. 

Nesta terça-feira, Jessé Lopes voltou a atacar a campanha em sua conta do Twitter e a comparou com o desarmamento. "A tatoo 'Não é não' no carnaval é como o desarmamento civil. Onde ao se proibir as armas, apenas as pessoas de bem foram desarmadas, os mal intencionados continuam se armando. A tatoo afastará apenas as pessoas boas com medo de se incomodar com mulher que acha que tudo é assédio", escreveu. 

"O Brasil todo está debatendo a eficiência da tatoo 'Não é não' e os limites que as pessoas devem ter entre si neste carnaval. Ja fiz mais pelo combate ao assédio do que as feministxs", completou. 



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Outras polêmicas

Em outras postagens nas redes sociais, o parlamentar já chegou a dizer que as feministas "defendem a morte de bebês no útero e apoiam ditaduras genocidas". Ele afirmou ainda que "sabe mais" do que feministas e jornalistas. 

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"Talvez eu não saiba o que as mulheres querem, mas sei mais do que as feministas e as jornalistas que falaram comigo hoje", escreveu. 

Em outro tuíte, Jessé Lopes atacou a ativista Greta Thunberg, de 17 anos. "Não critique a Gretta porque ela é autista, se não você é contra os autistas! Essa narrativa não cola mais. Hoje podemos criticar os movimentos LGBT sem ser homofóbico, feminista sem ser machista e raciais sem ser racista. E sim, a Gretta é uma autista chata pra cacete!".