O presidente Jair Bolsonaro
usou seu Twitter nesta terça-feira (14) para confrontar a informação de que ele cogitou demitir o ministro Sergio Moro
, da Justiça e Segurança Pública, em agosto do ano passado. O episódio, segundo o colunista da Época
Guilherme Amado, está presente no livro "Tormentas - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos", da jornalista Thaís Oyama, que será lançado no próximo dia 20.
Na publicação Bolsonaro diz que "essa imprensa é uma vergonha". "Lê meus pensamentos e ministros se convencem a não demitirem a si próprios", escreveu.
O presidente fez referência a uma suposta orientação que o general Augusto Heleno , ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, deu a Bolsonaro para que ele não demitisse Moro. "Se demitir o Moro, o seu governo acaba", teria dito Augusto Heleno.
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Na ocasião, Bolsonaro teria pensado em demitir Moro depois que ele pediu ao ministro Dias Toffoli , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que reconsiderasse uma decisão liminar que paralisou as investigações com base em relatórios de inteligência do Coaf . A mudança de entendimento de Toffoli influenciaria o caso Queiroz, que envolve o senador Flávio Bolsonaro , filho do presidente.
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Segundo a investigação, Flávio, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio ( Alerj ), recebia parte dos salários de seus assessores, prática conhecida como rachadinha. O dinheiro era movimentado pelo ex-PM Fabrício Queiroz .