A equipe de campanha do presidente Jair Bolsonaro omitiu à Justiça Eleitoral um imóvel de 3.500 metros quadrados, que funcionou como Quartel-General (QG) em Belo Horizonte (MG) de setembro a outubro de 2018. As informações são da Folha de S.Paulo .
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Um documento obtido pelo jornal da prefeitura de BH mostra que o imóvel pertence a uma concessionária de veículos. Um dos donos disse à Folha que o imóvel foi “cedido” a um grupo de partidários do então candidato à presidente.
Um deles é o empresário de mineração Abraão Veloso que disse ao jornal que houve apenas um acordo verbal para que o local funcionasse como comitê de uma “campanha espontânea”, mas confirmou que o QG era de conhecimento do comando do partido, sem citar nomes. Veloso ainda disse que não pagou nada pelo prédio, sendo parte de um “termo de comodato”.
O imóvel funcionou como QG da campanha por 51 dias. Como o local tem um aluguel mensal de R$ 95 mil, mais um IPTU de R$ 3.000, o gasto não declarado chega a cerca de R$ 166 mil, o equivalente a 8% de todo gasto oficial declarado por Jair Bolsonaro (R$ 2 milhões).
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Em nota, a advogada da campanha de Jair Bolsonaro , Karina Kufa, disse que a equipe “jamais teve informação desse suposto comitê”.