O ex-presidente Lula e o PT trabalham na articulação para formar uma chapa com Fernando Haddad e Marta Suplicy para a disputa da prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2020. Embora a ex-prefeita esteja sem partido desde que saiu do MDB e tenha, a ideia do petista é que ela seja candidata a vice em uma eventual chapa liderada por Haddad. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo
, no entanto, Marta tem dito a interlocutores que sua volta ao PT está praticamente descartada.
O PT ainda enfrenta outro problema que é convencer Haddad a entrar para a disputa, podendo se candidatar junto com Marta mesmo que ela se filie a outro partido de centro-esquerda. Hoje duas legendas mantém dialógos com a ex-prefeita de São Paulo para negociar uma filiação, o PDT e o Solidariedade. A possibilidade de união de Marta com um candidato do PT, caso opte pelo PDT, desagrada o ex-presidenciável Ciro Gomes .
Na avaliação de Haddad, a esquerda tem poucas chances de sucesso na disputa da prefeitura de São Paulo e ele acredita que o páreo deve ficar entre um candidato de extrema-direita apoiado por Jair Bolsonaro e outro de centro-direita. Além disso, o ex-prefeito diz que, para ele, é muito desgastante disputar uma terceira eleição em apenas seis anos e que ele depende de sua ocupação como professor do Insper para pagar suas despesas.
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Diante desse impasse, a aposta do PT é no poder de persuasão de Lula. Desde o começo do ano a sigla tem procurado um nome forte para lançar como candidato. A primeira opção foi Haddad, que recusou o pedido. Depois vieram Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, que também não aceitaram.
Alexandre Padilha se colocou à disposição, mas sem entusiasmo, e o maior interessado até agora é o ex-deputado Jilmar Tatto. A baixa votação dele na eleição para o Senado no ano passado, no entanto, é vista como um problema e desanima os petistas.