O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad , está encarando com otimismo a reaproximação de Marta Suplicy ao campo progressista. O petista admite que ela seria um nome significativo para a prefeitura paulistana nas próximas eleições.
Ao mesmo tempo, Haddad diz que não sairá como candidato em 2020, mas que o Partido dos Trabalhadores (PT) terá um nome próprio. As eleições de 2022 estão no radar do petista , que afirmou estar "à disposição de um campo político" no futuro.
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"Tive um bom desempenho eleitoral. Na política, isso não passa despercebido. Mas há outras personalidades emergindo", disse em entrevista ao Valor Econômico. A respeito da candidatura de Marta, Haddad reforçou que é testemunha do apreço da ex-prefeita por Lula e que ela é um nome na cidade, por ter sido uma grande gestora. "Não sei se retorna ao PT. Ela está se aproximando do campo ao qual sempre pertenceu", comentou.
Haddad afirmou ainda que o governo Bolsonaro é uma coalizão de minorias apaixonadas, que se somam com intersecções. "Há pesquisas falando que 17% a 20% dos brasileiros são a favor de uma ditadura no Brasil. Isso dialoga com parte de um sentimento popular que acha que a solução é a linha dura", contextualizou.
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Na visão do petista, o 'ultraliberalismo' de Guedes está a todo vapor, desmontando políticas sociais. "Existe uma matriz no Brasil hoje cada vez mais teocrática, que cultiva valores fundamentalistas, de intolerância em relação ao diferente."