Depois ter ser sido punido com uma suspensão partidária de 12 meses, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi destituído nesta semana do cargo de presidente do partido em São Paulo pela direção nacional da sigla. O registro do afastamento dele foi divulgado nesta quinta-feira no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Segundo o documento, Eduardo não responde pela função desde terça-feira, mesma data em que o diretório nacional do PSL confirmou, por unanimidade, suspensões e advertências a 18 parlamentares do partido aliados ao presidente Jair Bolsonaro. No caso de Eduardo, a suspensão será por um ano.
O deputado estava no comando do partido desde julho deste ano. Toda a direção do PSL paulista nomeada por ele também foi destituída: o secretário-geral Thiago Cortes, o primeiro-secretário Luiz Philippe de Orleans e Bragança e o tesoureiro Otavio Fakhoury, entre outros.
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A decisão é mais um desdobramento do rompimento político entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. Em outubro, o senador Flávio Bolsonaro foi tirado da presidência do PSL do Rio de Janeiro. Hoje comanda a sigla no estado o deputado Sargento Gurgel.
No caso do PSL de São Paulo, não foi ainda declarado o novo presidente. O deputado Júnior Bozzella é um dos contados para ocupar a vaga.
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Diretórios municipais do PSL em São Paulo receberam com alívio a destituição de Eduardo. Eles acusam o grupo ligado ao deputado de ter intensificado nas últimas semanas o afastamento de dirigentes municipais da sigla para promover uma "limpeza" em represália à crise nacional.
Até o momento, Eduardo
não se manifestou sobre o afastamento.