Um dia após a divulgação do avanço de 0,6 % da economia brasileira no terceiro trimestre de 2019, o presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio do Planalto , na tarde desta quarta, e foi até a uma feira de comércio popular em Brasília, segundo ele, para "sentir como está a população" com a reação a melhora dos dados econômicos.
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Segundo assessores, Bolsonaro , que estava com a agenda livre à tarde, deixou seu gabinete dizendo que gostaria de comer pastel e convidou o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos , para acompanhá-lo. Ramos é responsável pela articulação política do governo, que enfrenta críticas do Congresso.
A lanchonete escolhida fica na Feira dos Importados , conhecida como Feira do Paraguai e localizada a 14 quilômetros do Palácio do Planalto. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não informou com quanto tempo de antecedência a ida ao local foi preparada.
O passeio de cerca de 30 minutos foi transmitido pela rede social de Bolsonaro. Ao cruzar os pavilhões da feira, Bolsonaro foi chamado de " mito " por uma multidão que gritava também " Lula na cadeia" e "Ele sim." Houve também poucas manifestações de pessoas reclamando do preço da carne.
"Vim sentir como que está a população no tocante ao governo em si. Tive informações na questão econômica que o número de pessoas vindo aqui é muito grande. É sinal de que a economia está reagindo e sentimos o povo aqui, em relação a críticas ou elogios. Graças a deus não teve crítica nenhuma", disse Bolsonaro, que não fez compras no local.
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Ao lado do ministro Ramos, Bolsonaro foi questionado se não temia que a Medida Provisória ( MP ) que muda regras trabalhistas, batizada de Programa Verde e Amarelo, caducasse: "se caducar, caducou. Vocês conhecem o parlamento, não é matemático o parlamento".
Nesta quarta, Bolsonaro viu a MP que desobriga a publicação de balanços de empresas no Diário Oficial da União (DOU) e em jornais de grande circulação.