A reforma administrativa
vai ficar para 2020, disse nesta terça-feira (26) o porta-voz do governo Otávio Rêgo Barros. Considerada uma prioridade no Congresso
, o projeto muda a estrutura do serviço público, mas vinha sofrendo resistência dentro das casas legislativas, o que fez o governo do presidente Jair Bolsonaro
optar por rever alguns pontos das alterações.
"O presidente solicitou ao Ministério da Economia que aprofundasse alguns detalhes da proposta encaminhada pelo ministério à apreciação do senhor chefe do Executivo, para então deliberar sobre o envio dessa proposta ao Congresso Nacional", informou Rêgo Barros, admitindo que o componente político pesou nessa decisão do presidente da República. "Claro que na análise e no timing da elevação dessas propostas ao Congresso, dentre outros aspectos, os aspectos políticos são envolvidos", disse Rêgo Barros.
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Com o adiamento confirmado, governo trabalha para enviar a proposta de reforma administrativa para o Congresso Nacional no início do ano que vem.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o principal defensor da proposta de reforma administrativa no Congresso. Maia, que também quer fazer uma reforma nos quadros da Câmara, chegou a cobrar, inclusive, a apresentação da reforma administrativa do governo nesta terça-feira (26), pouco antes de o porta-voz da Presidência falar sobre o assunto.
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"É importante que o governo possa encaminhar [a reforma administrativa]. Vamos fazer o debate com calma, vamos trazer todos para esse debate, já que o objetivo de todos é recuperar a capacidade de investimento do estado brasileiro", disse Maia.
O restante dos deputados, contudo, não têm o mesmo entusiasmo em relação à reforma administrativa.