Desde 2018 estão paralisadas as obras na chácara Los Fubangos, propriedade do ex-presidente Lula (PT) na zona rural de São Bernardo do Campo às margens da represa Billings. O local, que possui três mil metros quadrados e era muito frequentado pelo petista nos anos 90 teve sua reforma interrompida por falta de dinheiro.
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O terreno foi comprado, em 1992, pela esposa de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, que faleceu em 2017. A reforma se iniciou em 2011, após o término do último mandato de Lula na Presidência, quando ele e sua esposa decidiram morar no local.
Os planos para o imóvel incluem uma
casa de 380 metros quadrado, com três suítes, sala e cozinha com fogão e forno à lenha. As obras ainda estão em estado inicial, mas segundo José de Filippi Júnior – petista amigo de Lula, ex-prefeito de Diadema e o engenheiro responsável pela obra – o ex-presidente já gastou cerca de R$ 200 mil com a reforma.
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Antes da renovação, havia no terreno uma pequena casa com um quarto onde cabia apenas uma cama. Em um espaço aberto, com paredes só nas laterais, havia também uma copa e área de cozinha. Até agora a reforma já realizou, terraplanagem do terreno – do qual Lula recebeu uma multa de R$ 49,4 mil por não ter autorização para realizar a obra – remanejo da vegetação e estacas foram colocadas para dar base à estrutura de construção da nova casa.
As obras foram interrompidas após os bens e as contas bancárias do ex-presidente serem bloqueadas devido a investigações da Lava Jato . Segundo aliados de Lula, com os bloqueios, o petista teria ficado sem condições de comprar os materiais e contratar funcionários para a reforma.
Em 2017, Sergio Moro, então juiz federal, bloqueou cerca de R$ 600 mil de contas bancárias e R$ 9 milhões de planos de previdência privada e apreendeu quatro imóveis e dois veículos de Lula. O petista também não teve direito ao patrimônio de sua falecida esposa.
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O substituto de Moro na Lava Jato, o juiz Luiz Antonio Bonat, também bloqueou $ 77,9 milhões em bens do ex-presidente, em julho de 2019. A decisão de Moro se baseou na investigação de palestras de Lula que teriam sido pagas por empresas envolvidas na operação. Já a de Bonat teve como base o processo que acusa o ex-presidente de receber R$ 12 milhões da Odebrecht.