O PSL divulgou nota nesta quarta-feira (13) para informar que ainda não recebeu oficialmente os pedidos de desfiliação do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e do presidente Jair Bolsonaro. Ambos anunciaram ontem que pretendem migrar para a nova sigla Aliança pelo Brasil , cuja criação ainda será viabializada junto à Justiça Eleitoral . O texto do PSL diz que o partido "não cederá a nenhum tipo de achaque".
"O PSL, Partido Social Liberal, informa que ainda não recebeu oficialmente os pedidos de desfiliação do sr. Presidente da República Jair Bolsonaro, e de seu filho, senador Flávio Bolsonaro. O partido reitera que segue à risca a legalidade, a lei eleitoral e a Constituição", diz trecho da nota.
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Na mesma mensagem, a sigla explica que continua comprometida com o liberalismo econômico e o "conservadorismo nos costumes" que elegeram Bolsonaro no ano passado, bem como três governadores, quatro senadores (incluindo Flávio) e a "segunda maior bancada da Câmara dos Deputados" (com 53 parlamentares).
O PSL salienta ter votado integralmente a favor da reforma da Previdência e ter demonstrado apoio às reformas tributária e administrativa, assim como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do novo pacto federativo e ao Pacote Anticrime, do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
O presidente Jair Bolsonaro e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro , deixaram o PSL nesta terça-feira (12) para a criação de um novo partido. Bolsonaro confirmou sua saída em uma reunião com parlamentares.
A expectativa é que em torno de 30 parlamentares acompanhem o presidente e a primeira reunião da futura legenda vai acontecer no próximo dia 21. As informações foram passadas pelos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ) e Bia Kicis (PSL-DF), que participaram da reunião com Bolsonaro nesta tarde. Segundo Bia Kicis, Flávio já entregou inclusive o pedido de desfiliação ao Tribunal Superior Eleitoral.