"Não se combate o crime cometendo crime", diz Gilmar Mendes sobre a Lava Jato

Ministro do STF defende que caso dos hackers seja investigado, mas também cobra esclarecimentos sobre o conteúdo das mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Gilmar Mendes foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a tecer duras críticas à Operação Lava Jato nesta segunda-feira (7). Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura , ele defendeu o combate à corrupção, mas lembrou que há limites para que isso seja feito.

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Gilmar Mendes voltou a falar dos diálogos publicados pelo site The Intercept Brasil e disse que defende o combate à corrupção, mas sem que outro crime seja cometido.

"É preciso que as coisas acontençam dentro de um quadro de normalidade. Não se combate um crime cometendo outro crime. Eu já elogiei a Lava Jato e continuo elogiando, acho importante o combate à corrupção. Acho importante que se tire essa mazela, mas é preciso que essas pessoas cumpram a lei, que sejam servos da lei", disse o ministro.

Indagado sobre o hackeamento que houve para a obtenção das mensagens vazadas, o ministro do STF afirmou que são duas questões diferentes para ser analisadas.

"Uma coisa é o hackeamento e outra é o conteúdo dessas mensagens. Por que eles fizeram aquilo? São instituições, isso precisa ser explicado. Estamos falando de Justiça Federal, de Polícia Federal e de Ministério Público. São instituições importantísssimas", defendeu Gilmar Mendes .



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