O PSL contratou, durante as eleições de 2018, ao menos 64 policiais civis e militares do Rio de Janeiro para atuar na segurança privada em atos de campanha de Jair Bolsonaro. A prática, no entanto, é ilegal. As informações são da Folha de S.Paulo .
Leia também: PSDB quer lançar Alexandre Frota como candidato a prefeito de cidade paulista
De acordo com o jornal, ao assinar o contrato, os policiais tinham que informar que estavam prestando o serviço "com autorização legal". A legislação, porém, exige dedicação exclusiva e proíbe que policiais atuem como seguranças privados em horários de folga, sem abrir brechas.
O PSL firmou contratos individuais com os PMs, assinados pelo ex-presidente do partido, Gustavo Bebianno. Cerca de cem diárias foram pagas aos policiais, uma despesa de cerca de R$ 50 mil custeados pelo fundo partidário. Os gastos constam na prestação de contas do partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os policiais contratados atuavam em eventos de campanha de Bolsonaro, além dos dias de votação do primeiro e segundo turno da eleição. No evento em que o PSL confirmou a candidatura do agora presidente, em 22 de julho, cerca de 50 seguranças foram contratados, a maioria PMs. Ao longo de toda a campanha, candidatos tinham direito a escolta da Polícia Federal.
Leia também: Bolsonaro pede que estudantes indiquem livro de torturador para professora
À Folha , Bebianno afirmou que "o que foi contratado foi a segurança para o local do evento, por algumas horas", Ele afirmou ainda que a iniciativa não é "nada demais" e que desconhece a existência de normas que impeçam esse tipo de trabalho dos policiais. A assessoria da Presidência da República, por sua vez, respondeu que não vai comentar o assunto.