Em conversa com estudantes na manhã desta segunda-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recomendou que uma professora lesse um livro escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra . Morto em 2015, o militar foi condenado em segunda instância por tortura na ditadura militar. Ustra comandou o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações) em São Paulo, no auge da repressão militar.
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Um aluno disse que o grupo que estava na porta do Palácio da Alvorada tinha uma professora e pediu que Bolsonaro mandasse um abraço para ela, sem dar mais detalhes. O presidente então questionou se a docente era de esquerda e ouviu dos estudantes que sim, era petista.
"Fala pra ela ler o livro 'A verdade sufocada' aí. Só ler. Depois ela tira as conclusões. Lá são fatos, não é blá blá blá de esquerdista não", comentou o presidente a estudantes.
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Ele ainda conversou com o grupo de apoiadores durante cerca de seis minutos. Pouco antes de entrar no carro, dirigiu-se aos jornalistas que estavam no local para comunicar que não concederia entrevista, como vinha fazendo nos últimos meses, porque o que ele fala seria "deturpado".
"Imprensa, gosto muito de vocês, mas tudo é deturpado. Quando vocês fizerem uma matéria real do que aconteceu lá na ONU, eu dou entrevista para vocês, tá ok? Um abraço aí", afirmou Bolsonaro .