Lula escreve carta dizendo que recusa o regime semiaberto: "Não aceito barganha" Por Agência O Globo | 30/09/2019 16:30:09 - Atualizada às 30/09/2019 18:03:09 Home iG › Último Segundo › Política Para o ex-presidente, não há legitimidade no processo do qual ele é alvo e, de acordo com a defesa do petista, ainda será apresentada manifestação Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert Lula tem direito a ir ao semiaberto por cumprir um sexto da pena O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou na tarde desta segunda-feira (30) a transferência para o regime no caso tríplex do Guarujá , no litoral de São Paulo. Por meio de carta lida por seu advogado, Cristiano Zanin Martins , o ex-presidente disse que não aceita "barganhas" impostas pelo Estado para deixar a cadeia , onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro. — Não troco minha dignidade pela minha liberdade. Tudo que os procuradores devem fazer é pedir desculpa ao povo braisleiro, à minha família — afirmou Lula, na carta lida na frente da Superintendência da Polícia Federal do Paraná. Foto: Reprodução/Twitter @LulaOficial Carta de Lula divulgada pelos advogados Nesta segunda-feira (30), a juíza Carolina Lebbos, responsável pelo processo de execução da pena do ex-presidente, pediu que a Polícia Federal encaminhe uma certidão da conduta carcerária do petista. O procedimento é necessário para que a magistrada decida se irá conceder a progressão de Lula para o regime semiaberto, como pedido pelo Ministério Público Federal na última sexta-feira. Leia também: Lula vai se casar em festa de arromba assim que deixar a prisão De acordo com o MPF , Lula cumpre os requisitos para receber o benefício: "Uma vez certificado o bom comportamento carcerário (...) requer o Ministério Público Federal que seja deferida a Luiz Inácio Lula da Silva a progressão ao regime semiaberto", escreveram os procuradores no documento. No regime semiaberto, o preso deixa a cadeia durante o dia para trabalhar e retorna à noite para dormir. Leia também: Caso do sítio atribuído a Lula pode retroagir em nove meses após decisão do STF No entanto, no Paraná, a Justiça permite uma modalidade específica que só é utilizada no estado e que é chamada de “semiaberto harmonizado". Com isso, o preso pode ficar em prisão domiciliar somente naquele estado, desde que monitorado por tornozeleira eletrônica. Esse é o caso de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, que progrediu de regime no mês passado. Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019-09-30/lula-recusa-transferencia-para-regime-semiaberto-nao-aceito-barganha.html