O ex-procurador-geral Rodrigo Janot saiu de casa na manhã deste sábado (28) pela primeira vez após a revelação de que entrou armado no Supremo Tribunal Federal, ainda quando comandava a Procuradoria-Geral da República, com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. Ele, porém, não quis comentar o assunto e preferiu não falar com a imprensa. A uma equipe da Globo , ele disse apenas que "ainda estou pensando em como me posicionar".
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Por volta das 11h00, Janot saiu escoltado por seguranças e foi até uma distribuidora de bebidas no Lago Sul, área nobre de Brasília, onde costuma confraternizar com amigos. Ele sentou em uma mesa nos fundos do bar, acompanhado por dois seguranças à paisana, tomou chope e foi cumprimentado por outros frequentadores.
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Ontem, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão contra no apartamento de correligionário, após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ) Alexandre de Moraes. O magistrado ainda proibiu o ex- PGR de se aproximar a menos de 200 metros de qualquer um dos ministros da Corte. Ele também está impedido de entrar no STF e teve seu porte de arma suspenso.
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À revista Veja , o ex-PGR disse que chegou a engatilhar a arma, ficou a menos de dois metros do ministro, mas não conseguiu efetuar o disparo. O motivo da ira foi um ataque de Gilmar à filha do então procurador-geral. "Naquele dia, cheguei ao meu limite. Fui armado para o Supremo. Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidaria. Estava movido pela ira. Não havia escrito carta de despedida, não conseguia pensar em mais nada. Também não disse a ninguém o que eu pretendia fazer”, contou Janot . Ele anot também afirmou que tentou mudar a arma de mão quando não conseguiu atirar com a destra.