A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar que deputados possam retirar a assinatura de apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades e desvios na condução da Operação Lava Jato.
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A intenção da CPI é investigar as mensagens vazadas divulgadas pelo site The Intercept Brasil que comprometem o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e o chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Joice Hasselmann é contra a abertura da comissão.
Vários deputados apresentaram requerimentos solicitando a retirada das assinaturas após o prazo regimental. A decisão final será do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
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Segundo a líder do governo, esses deputados estão sendo reprimidos nas redes sociais. “Peço que considere nulas as assinaturas daqueles deputados que manifestaram publicamente o desejo de retirar seus nomes do requerimento para criação da CPI da Lava Jato por vício de consentimento e vício de vontade”, afirmou.
Gilmar Mendes vai julgar o caso
Nesta quinta-feira (19), o ministro Gilmar Mendes foi sorteado para acompanhar e julgar o pedido da deputada federal.
O sorteio é feito por meio de um algoritimo, que seleciona um entre os dez ministros que fazem parte da corte para ter decisão sobre os encaminhamentos feitos.
Não existe um prazo para que Gilmar tome a decisão. Em suas redes sociais, Joice Hasselmann destacou que agora a decisão é do ministro e pediu apoio de seus eleitores para uma espécie de pressão.