Delegado assessor de líder do PSL na Câmara é preso em operação

Assessor do deputado federal e líder do PSL Delegado Waldir é suspeito de receber propina de quadrilhas envolvidas em roubo de carga

Líder do PSL na Câmara afirmou que 'ministro bandido é coisa de governo de esquerda'
Foto: Antônio Augusto/Câmara dos Deputados
Líder do PSL na Câmara afirmou que 'ministro bandido é coisa de governo de esquerda'


O polêmico deputado Delegado Waldir (PSL-GO) teve de cortar na própria carne para a opinião pública não se virar contra ele quando seguidores reagiram à divulgação de que um de seus assessores havia sido preso sob suspeita de receber proprina de quadrilhas especializadas em roubo de carga.

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Líder do PSL na Câmara, partido do presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar levou o delegado José Maria da Silva em 2016 para o seu gabinete para ajudá-lo na elaboração de projetos de lei.

Silva, um conhecido delegado de Goiás , foi preso  na manhã de quinta-feira (29) no âmbito da Operação Mercúrio, desencadeada pelo Ministério Público. O assessor do líder do PSL é suspeito de receber propinas dos criminosos quando estava lotado na Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos e Cargas (Decar) em 2014. Além dele, três policiais civis goianos também foram presos. 

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A operação investigou o bando por dez meses e cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Pará, Paraná, Mato Grosso, Tocantins e Pernambuco.

Em nota, o deputado Delegado Waldir informou que afastaria o assessor que, além de delegado, é ex-oficial da Polícia Militar goiana. 

O deputado destaca que o delegado foi cedido ao seu gabinete em janeiro de 2016, um ano depois de ter passado pela delegacia em que teria recebido propina dos criminosos. "Comunicamos que até a apuração total dos fatos o servidor será desligado do cargo que ocupa na Câmara Federal . O Delegado Waldir é um dos parlamentares mais atuantes no combate ao crime. Ele lamenta o ocorrido, porém jamais irá compactuar com qualquer ato ilícito dos seus colaboradores", diz a nota.