O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a Embaixada do Brasil em Washington está mantida e que não haverá "recuo". Na terça-feira, ele havia levantado a hipótese de retirar a indicação caso não houvesse apoio no Senado para aprová-la, dizendo que não queria submeter seu filho a um "fracasso".
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"O Eduardo vai ser apresentado ao Senado. Vai ser. Não tem recuo. É o momento certo. E o Eduardo está estudando, está se preparando. Vai ser uma sabatina em que todos vocês estarão lá, todos sem exceção. É igual urubu na carniça, né. Vai estar todo mundo lá de olho. E ele tem de fazer uma sabatina melhor até do que se fosse o Ernesto Araujo", disse Bolsonaro
, na saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que a formalização da indicação pode ser feita após o 7 de setembro, mas ressaltou que a data será decidida por Eduardo.
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"Talvez setembro, após a semana da pátria. Essa pergunta tem de fazer ao Eduardo . Ele que vai sentir o timing. Apenas vou usar a caneta Bic", disse.
Na terça-feira, quando admitiu pela primeira vez retirar a indicação do filho, Bolsonaro havia criticado um parecer da Consultoria Legislativa do Senado, que considerou que a nomeação configurava nepotismo. Ele disse que os consultores "agem de acordo com o interesse do parlamentar" que pede o parecer, e alegou que a legalidade da indicação estava baseada em uma súmula do Supremo sobre nepotismo .
A súmula, no entanto, dá margem a diferentes interpretações , já que ela admite a indicação de parentes para cargos políticos, como secretários de estados e municípios e minitros, mas não para cargos comissionados, e não especifica em qual definição se enquadra a função de embaixador.
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Também na segunda, outro parecer da Consultoria Legislativa do Senado, encomendado pelo líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), não descartou que a eventual nomeação de Eduardo Bolsonaro
para a embaixadaseja nepotismo. Segundo o técnico, a questão deve ser decidida pelos senadores, que podem entender que o caso é enquadrado em decisão do Supremo sobre nepotismo.