Ameaçada de ser expulsa do PDT por contrariar a orientação do partido e votar favoravel à reforma da Previdência, a deputada Tabata Amaral (SP) afirmou nesta segunda-feira (19) que vai esperar a decisão da sigla para "agir". Ela nega que esteja conversando com outras legendas, embora venha recebendo cortejos públicos de vários líderes.
"O que me resta agora é esperar a análise do partido, já apresentei minha defesa, e aí poder agir. Mas eu não estou conversando com outros partidos. Continuo minha atuação na
comissão de educação, na comissão externa de acompanhamento do MEC e aí quando eles decidirem se posicionar, eu me posiciono também", afirmou Tabata
.
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Questionada especificamente sobre a possibilidade de se filiar ao DEM
, após elogios de parlamentares da sigla, a deputada voltou afirmou que ainda não recebeu nenhum convite,
mas que pertence ao campo progressista.
"Fico feliz cada vez que alguém se posiciona em relação ao meu trabalho (...) Agora, acho que vale dizer que não recebi convite de nenhum partido, não sentei para conversar. Soa
até engraçado, mas ainda não fui expulsa do PDT, essa decisão não cabe a mim. Eu sou uma pessoa que tenho a pauta do social como prioritária, que está lutando pela educação e
que se encontra no campo progressista. Mas para saber para onde vou tem que ser expulsa primeiro", disse.
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As declarações de Tabata foram dadas em debate no 3° Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, em São Paulo, ao fim de um painel que contou também com a participação dos deputados Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) e Caroline de Toni (PSL-SC). Eles são integrantes da Comissão de Educação da Câmara, presidida por Cunha Lima.