IstoÉ

Houve uma grande renovação de senadores e Davi Alcolumbre até derrotou a raposa Renan Calheiros, mas pouca coisa mudou por lá. Basta ver o que está acontecendo com a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada em Washington. Como ela precisa ser aprovada no Senado, Jair Bolsonaro está pressionando Alcolumbre de todas as maneiras para que o nome do 03 passe sem sustos. Para garantir a aprovação, o presidente do Senado está pedindo favorzinhos a Bolsonaro, como a destituição de dois conselheiros do Cade, com os quais o senador não concordava. O presidente já cancelou as nomeações dos desafetos de Alcolumbre. O que ele vai querer agora para passar Eduardo na frente de uma fila de outros 13 embaixadores que aguardam sabatinas no Senado?

Café fino

Realmente pouco mudou. O Senado acaba de abrir licitação para a compra de 30 toneladas de café, com “pó superior”, do tipo Premium, que vai custar aos cofres públicos a bagatela de R$ 567 mil. A concorrência será realizada na terceira semana de agosto e estabelece que o café especial seja servido nos gabinetes e áreas administrativas da Casa.

Disputa

A exigência feita na licitação de que o café do Senado precisa ser do tipo Premium é para justificar a velha máxima no Congresso de que o café dos senadores é bem melhor do que o cafezinho servido aos deputados na Câmara, onde só se utiliza pó comum. Afinal, os 81 senadores são seres especiais e não aceitam beber qualquer coisa. Fino paladar.

O Imbecil

Capa da Istoé com Olavo de Carvalho
Reprodução
Capa da Istoé com Olavo de Carvalho


O astrólogo Olavo de Carvalho acaba de sofrer uma derrota na Justiça. Ele ingressou com uma ação criminal contra quatro jornalistas da ISTOÉ, incluindo este colunista, sentindo-se injuriado por causa de uma reportagem na edição 2576, cuja capa, com sua foto, tinha o título “O Imbecil”. A juíza Roberta de Toledo Malzoni Domingues, da Lapa, rejeitou a queixa. A Constituição prevê liberdade de expressão.

Rápidas

* O PT de São Paulo deu início no sábado 3 ao processo de escolha do candidato do partido para prefeito da capital no ano que vem. Cinco candidatos se lançaram. Entre eles está Eduardo Suplicy, velho de guerra. Haddad disse que não quer, mas sua mulher Ana Estela quer.

* Desgastado, o partido de Lula não descarta uma aliança com o ex-governador Márcio França (PSB), que pretende ser candidato a prefeito em 2020. O socialista enfrentou o tucano Doria para o governo em 2018 e foi bem.

* O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), é o novo guru do presidente Jair Bolsonaro, que o classifica como seu “principal aliado nas questões ideológicas”. O DEM, do ministro Onyx Lorenzoni, está em alta no Palácio do Planalto.

* O deputado Marco Feliciano (Pode-SP) tem mesmo uma boca santa. Foi reembolsado pelo dinheiro público da Câmara em R$ 157 mil por um tratamento dentário feito para corrigir problemas de “bruxismo”, implantes e coroas.

Retrato falado

Marcos Corrêa/PR
"Já botei parente em cargo, qual o problema?"


Tem problema sim, presidente. Colocar parentes em órgãos públicos é nepotismo, é crime. A resposta dada por Bolsonaro, no domingo 4, à reportagem do jornal O Globo de que o presidente e seus três filhos (Flávio, Carlos e Eduardo) empregaram 102 pessoas das mesmas famílias, das quais 22 integrantes do clã, não soou bem. Afinal, entre os que Bolsonaro contratou estão dois ex-sogros e oito só da família de Fabrício Queiroz, o enrolado motorista de Flávio. É, no mínimo, imoral.

Nepotismo cruzado

Quando um governante nomeia um filho para um cargo na sua administração, chama-se nepotismo, proibido por lei. Mas quando um governante nomeia o filho de outro governante, chama-se nepotismo cruzado. E foi isso que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), acabou de fazer ao nomear Erick Marques Witzel, filho do governador Wilson Witzel (PSC), para o cargo de assistente na coordenadoria especial da Diversidade Sexual da prefeitura carioca. Tudo bem. O salário é baixo, só de R$ 1.695,00, mas isso não muda muito as coisas. Erick, que é transexual, já colaborava gratuitamente com a coordenadoria, mas, agora, vai receber pagamento mensal para colaborar com o pastor Crivella.

Parceria

Tem algo a mais por trás dessa gentileza de Crivella para com Witzel. Primeiro, o governador tenta se reconciliar com o filho, com quem rompeu por causa da opção sexual do rebento. E, depois, Witzel pensa em apoiar a reeleição de Crivella para a Prefeitura do Rio no ano que vem. Uma mão lava a outra.

Toma lá dá cá

Hildo Rocha falou à coluna
Istoé
Hildo Rocha falou à coluna


Como presidente da Comissão Especial da Reforma Tributária na Câmara, qual é a expectativa de aprovação do projeto?
Espero concluir os trabalhos este ano. O projeto do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) deve ser aprovado ainda em outubro e, em seguida, seguirá para análise do Plenário.

O governo também pretende mandar uma proposta de reforma. Como isso será tratado?
A proposta principal é a do Baleia Rossi, que tem como base o estudo do Bernard Appy. É um projeto consistente. Se o governo encaminhar alguma proposta, ela será apensada a esta.

A ideia é criar o Imposto Único?
O Imposto Único ainda não foi testado em lugar nenhum do mundo. Tenho visto alternativas melhores, como o Imposto de Valor Agregado.

Troca-troca no PSL

A nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por seu papai, para ser embaixador em Washington, já está provocando uma correria na direção do PSL paulista para se saber quem vai ficar com a presidência do diretório estadual do partido a partir do segundo semestre, atualmente nas mãos do 03. Quem ficará em seu lugar quando ele for para os EUA?

A força do coronel

O deputado coronel Tadeu é o preferido do presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, mas é também o candidato do senador Major Olímpio, que ocupava o cargo antes de passar o bastão para Eduardo. Tadeu é piloto de helicóptero e saberá desviar das nuvens carregadas que sua indicação provocará junto à deputada Joice Hasselmann.

O lobby do 04

Renan Bolsonaro: o 04 do presidente
Reprodução/Facebook
Renan Bolsonaro: o 04 do presidente


Jair Bolsonaro não esconde de ninguém que faz qualquer coisa para agradar os filhos. Seu garoto 04, Renan Bolsonaro, 20 anos, conhecido no Planalto como “Bolsokid”, fez lobby junto ao pai para que a indústria de games reduza seus preços. O pai já pediu estudo do Ministério da Economia nesse sentido.

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