Enquanto ameaçam expulsar parlamentares que votaram contra a orientação do partido na reforma da Previdência,PSB e PDT não adotaram o mesmo rigor com deputados que viraram réus por diversos crimes. Nos últimos anos, pelo menos quatro parlamentares do PDT e dois do PSB passaram a essa condição e não tiveram pedido de expulsão analisado pelo conselho de ética dessas siglas.
Leia também: Ameaçados de expulsão, deputados juram fidelidade a convicções
No PDT , Robério Monteiro (CE) é acusado de crime ambiental; Gil Cutrim (MA), de crime contra a Lei de Licitações, peculato e formação de quadrilha; Afonso Motta (RS), corrupção ativa, estelionato e ocultação de bens; e Weverton Rocha (MA), de contratação de empresa sem licitação.
Já no PSB, Camilo Capiberibe (AP) responde por crime contra o sistema financeiro, enquanto Adilton Sachetti (MT), por crime de responsabilidade. Os partidos alegam que não abrem processos de expulsão porque eles ainda não foram condenados.
Nessa segunda-feira, a sigla abriu um processo contra os 11 parlamentares do partido que votaram a favor da Reforma. da Previdência. Entre eles estão Emildinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP), Ted Conti (SP) e Átila Lira (PI).
Já no PDT, 8 dos 32 deputados foram a favor da proposta. Entre os eleitores, o voto que mais causou polêmica foi o da deputada Tábata Amaral, que afirmou que a escolha foi feita "por convicção". Além dela, Alex Santana (BA), Flavio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG) também contrariaram a decisão do partido.