"Tem que ter acusação grave", diz Bolsonaro sobre ministro do Turismo

PF indiciou três assessores ligados ao ministro Marcelo Álvaro Antônio no caso de desvios de recursos por meio de candidaturas-laranja do PSL

Foto: Isac Nóbrega/PR - 30.5.19
Três assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foram presos em operação que investiga candidaturas laranjas do PSL

O Presidente JairBolsonaro afirmou nesta terça-feira que, por enquanto, não há nenhuma acusação grave contra o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio . Ao ser questionado sobre a permanência do chefe da pasta no cargo, o presidente disse que só tomará uma "providência" caso alguma acusação seja confirmada.

Leia também: Deputado do PSOL é hostilizado por opositores supermercado em Belém; assista

"Por enquanto temos 22 ministros, sem problema. Tem que ter acusacão grave, acusação com substância. Por enquanto não tem nada contra ele ainda. Se o assessor falar e for confirmado que ele tem participação, daí a gente toma uma providência", afirmou Bolsonaro .

Continua após a publicidade

Três assessores ligados ao ministro do Turismo foram indiciados pelo caso de desvios de recursos por meio de candidaturas-laranja do PSL. Eles haviam sido presos temporariamente na quinta-feira passada , durante a Operação Sufrágio Ostentação, e foram soltos nesta segunda-feira.

A PF acusa Mateus Von Rondon, atual assessor especial do ministro; Roberto Silva Soares, que coordenou a campanha de Marcelo Álvaro Antônio ao cargo de deputado em 2018, e Haissander Souza de Paula, ex-funcionário do seu gabinete, pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa.

Leia também: Senado arquiva investigação sobre fraude na eleição para Presidência da Casa

O ministro de Bolsonaro não figura entre os indiciados. Por causa de uma possível participação nesses crimes, também foram indiciadas quatro candidatas-laranja usadas para os desvios.