Senado arquiva investigação sobre fraude na eleição para Presidência da Casa

Roberto Rocha diz que imagens não permitem apontar que deu voto extra

Senado arquiva investigação sobre fraude na eleição para Presidência da Casa
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 25.6.19
Senado arquiva investigação sobre fraude na eleição para Presidência da Casa

O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) determinou o arquivamento da investigação sobre a fraude ocorrida na eleição da Presidência do Senado , em fevereiro, quando foram contabilizados 82 votos, um a mais que o número total de senadores. Rocha, que ocupou o cargo de corregedor do Senado até junho, afirmou que as imagens não permitem apontar o responsável, nem o momento em que ocorreu a fraude.

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"Da análise das imagens juntadas no presente procedimento não foi possível concluir, de forma categórica, o momento em que se deu a suposta fraude objeto desta sindicância, tampouco individualizar a pessoa que teria praticado o respectivo ato", escreveu o senador, em decisão publicada no dia 22 de junho no Diário do Senado . Ele ressalta ainda que, como a eleição foi "excessivamente tumultuada", o voto a mais pode ser consequência de um erro, e "não necessariamente de uma conduta dolosa". 

Roberto Rocha analisou vídeos da sessão, mas disse que não foi possível ter as imagens que mostrassem, "com clareza cristalina", o momento em que cada senador depositou seu voto. O senador afirmou, em seu despacho, que as imagens podiam "sugerir com mais ênfase a participação de algum senador", mas ressaltou que, devido à gravidade da pena, que podia chegar à cassação do mandato, seria necessário "uma certeza plena da ocorrência do dolo", e não apenas "uma leve ou forte suspeita".

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Na eleição, os membros do Senado deveriam registrar o voto na cédula, colocar dentro de um envelope e, em seguida, depositá-lo numa urna. Na hora da verificação, havia 80 envelopes, cada um com um voto, e duas cédulas, com um voto cada, fora de envelopes. A votação foi refeita.