O advogado que representa a família do pastor Anderson do Carmo disse que estranha o fato dos filhos da deputada federal Flordelis (PSD) não quererem ajudar nas investigações do assassinato do religioso, ocorrida no último domingo, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana.
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"Por exemplo, na questão dos celulares. A família não entregou os aparelhos do Anderson ou do Flávio dos Santos", disse Ângelo Máximo. Indagado pela reportagem se teve a oportunidade de perguntar aos familiares que conviviam com o pastor sobre o aparelho ele disse que "obteve a resposta, mas somente iria relatar no processo".
Nesta segunda-feira, 21 pessoas depuseram na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Entre elas, a própria Flordelis , que falou por mais de oito horas.
A polícia já sabe que Flávio dos Santos, filho da parlamentar, fez um curso de disparos com pistola em um clube de tiro. Além disso, ele tentou tirar a licença para comprar arma como colecionador, mas teve o pedido negado pelo Exército.
O Exército confirmou a informação de que Flávio tentou obter um Certificado de Registro do Exército, para adquirir uma arma de fogo como colecionador. O requerimento foi feito em outubro do ano passado, mas foi negado.
Segundo o Exército, ele não apresentou documentos exigidos no processo. O promotor Sérgio Luís Pereira, que acompanha esse caso no Ministério Público, disse que o filho de Flordelis chegou a ter aulas de tiro.
Advogado de filho de Flordelis diz que seu cliente nega confissão
O advogado Anderson Rollemberg, um dos defensores de Flávio dos Santos , filho da deputada federal Flordelis (PSD), afirma que seu cliente nega ter dito à polícia que confessou ter atirado no pastor Anderson do Carmo .
Segundo Rollemberg, ele irá pedir a anulação da confissão à Justiça já que nenhum advogado acompanhou esse segundo depoimento. "Ele nega que tenha realizado um segundo depoimento no qual tenha feito alguma confissão. Se existir algum depoimento, seja por escrito ou em vídeo, iremos sustentar que é inidôneo. E pergunto: em que condições foi realizada essa confissão, se ela realmente existiu?", disse.
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De acordo com a chefe da investigação, delegada Barbara Lomba, Flávio confessou que comprou a arma dois dias antes do crime e que fez sozinho os disparo que vitimou seu padrasto. A confissão surgiu após a polícia encontrar uma pistola 9mm em seu quarto, na terça-feira. Os investigadores realizaram uma perícia primária na própria delegacia e afirmaram que tudo indicava ser aquela a arma utilizada no crime.