Bolsonaro diz que ainda não sabe quem indicará para PGR: "Tudo é possível"

Apesar de dizer que ainda não definiu qual será o nome escolhido, presidente afirmou que vai seguir a Constituição no momento da decisão final

Foto: Carolina Antunes/PR
Ao ser indagado sobre a votação, Bolsonaro disse que não havia visto a lista tríplice ainda

No dia em que devem ser conhecidos os  três nomes mais votados pela categoria para o cargo mais alto da Procuradoria-Geral da República (PGR ), o presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta terça-feira que não sabe se a sua indicação sairá da chamadalista tríplice.

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Questionado se atual chefe do Ministério Público Federal ( MPF ), Raquel Dodge, pode ser reconduzida ao posto, Bolsonaro disse que pode escolher "todo mundo", de dentro ou de fora da lista, e que vai seguir a Constituição.

"Ah, não sei, eu não vi a lista tríplice ainda", respondeu o presidente, ao ser indagado sobre a votação organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para formar as indicações.

"Todo mundo, todos que estão dentro, fora da lista, tudo é possível. Vou seguir a Constituição",  acrescentou Bolsonaro, depois de ouvir a pergunta sobre o nome de Dodge, que corre por fora e quer ser reconduzida ao cargo por mais dois anos.  

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A atual procuradora-geral fez movimentos em direção ao Planalto antes da formação da lista tríplice, para além das costuras em direção aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ela se aproximou de interlocutores do presidente, como os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e de São Paulo, João Doria (PSDB). 

Na segunda-feira, Dodge foi até o Planalto para participar da cerimônia pública de assinatura da medida provisória que dá agilidade à venda de bens apreendidos com traficantes de drogas, ganhou um afago de Bolsonaro.

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Durante o evento, sentou-se ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, que vem enfrentando uma crise em razão da divulgação de mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-Jato em Curitiba. As mensagens, publicadas pelo site "The Intercept" , mostram uma suposta interferência de Moro nos atos do MPF.