O presidente da Câmara dos Deputados, RodrigoMaia (DEM-RJ), afirmou que os 210 votos favoráveis à manutenção do Coaf no Ministério da Justiça e Segurança Pública – a proposta foi derrotada na noite de quarta-feira – foram resultado do trabalho de articulação do ministro Sergio Moro , não da pressão das redes sociais.
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Na saída da sessão que encerrou a votação da medida provisória da reforma administrativa, mantendo o poder de investigação de auditores fiscais, Maia afirmou que Moro demonstrou ao governo que as discussões com parlamentares são mais eficazes do que mecanismos externos de pressão, como as manifestações convocadas para o fim de semana.
"Houve participação efetiva do ministro Moro na defesa do Coaf na Justiça. Aliás, ele mostrou para o próprio governo que o diálogo pode gerar resultados. Ele convenceu muitos parlamentares, mais do que governo vem convencendo nos últimos meses" disse Maia, completando:
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"Não teve nenhuma relação com manifestação. Teve relação com o que ele (Moro) fez, diálogo. Se os deputados do PSL compreenderem que, através do diálogo, o governo tem muito mais a ganhar... (Melhor) Do que achar que qualquer tipo de pressão pode mudar o voto (dos parlamentares).
Para o presidente da Câmara, o resultado da votação, ainda que o governo tenha sido derrotado na pretensão de manter o Coaf na alçada de Moro, deveria estimular outros ministros a se envolverem na discussão de assuntos relacionados às suas pastas:
"Ele (Moro) mostrou que, se os ministros do governo tiverem participação efetiva na discussão das matérias de interesse de cada ministério, a gente poderia ter mais facilidade na votação de cada uma das matérias", disse Maia.
O término da votação da medida provisória da reforma administrativa foi possível depois de um acordo em que foi retirada a vedação de auditores fiscais encaminharem aos órgãos de investigação questões que não fossem relacionadas a crimes tributários. Em troca, ficou definido que os parlamentares vão votar, na terça-feira, a urgência da análise de um projeto de lei que trata de atribuições da categoria.
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Maia afirmou também que pretende discutir, nas próximas duas semanas, mudanças no marco regulatório do saneamento básico. Caso não haja acordo para votar em plenário, na semana que vem, a medida provisória que trata do assunto – a oposição promete obstruir a votação –, o objetivo é analisar, em até 15 dias, um novo projeto de lei que trate do assunto.