Jair Bolsonaro compartilhou vídeo nas redes sociais onde religioso africano o aponta como
Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro compartilhou vídeo nas redes sociais onde religioso africano o aponta como "escolhido por Deus"

O presidente Jair Bolsonaro fez uma postagem em suas redes sociais neste domingo (19) onde escreve que "não existe teoria da conspiração", mas sim uma "mudança de paradigma na política".

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"Quem deve ditar os rumos do país é o povo! Assim são as democracias", diz o texto compartilhado por Bolsonaro , que acompanha um vídeo em que um religioso africano o compara a um político escolhido por Deus, em um programa de TV brasileiro.

O vídeo foi compartilhado no Facebook e no Instagram do presidente , mas não na sua conta no Twitter. A gravação de quase seis minutos traz um discurso dirigido à "população brasileira" pelo apóstolo Steve Kunda , nascido na República Democrática do Congo, que fala em francês e é traduzido por um intérprete. Apesar de sua origem, ele foi apresentado como um "pastor francês" por Bolsonaro.

Veja o vídeo:

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Você viu?

Na gravação, Kunda diz:

“Eu não faço política, eu sou pastor. Mas eu creio que tem que haver uma influência na política. A igreja não é somente orar manhã, noite e tarde, é influenciar a sociedade no plano político, e não negativo. E na história da bíblia, houve políticos que foram estabelecidos por Deus.

Um exemplo é quando falam do imperador da Pérsia, Ciro. Antes do seu nascimento, Deus fala através de Isaías: ‘Eu escolho meu servo Ciro’. E o senhor Jair Bolsonaro é o Ciro do Brasil. Você querendo ou não.”

A fala foi transmitida no último dia 10 de abril no programa "Bate Papo", da Rede Super, um canal de TV com sede em Belo Horizonte que pertence à Igreja Batista da Lagoinha.

A publicação aconteceu dois dias depois de o  presidente compartilhar no seu WhatsApp um texto em que o Brasil é descrito como um país "ingovernável" fora dos "conchavos políticos"

Endossado pelo presidente, que recomendou a leitura como "obrigatória", o artigo apresenta um tom de desabafo sobre as dificuldades de se conseguir governar, e encerra com a preocupação de que o governo seja “desidratado até morrer de inanição". A ideia principal é que Bolsonaro sofre resistência de "corporações", e que o Congresso o impede de aprovar medidas.

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