As empresas e os políticos citados negaram as acusações do dono da Gol Henrique Constantino , feitas em delação premiada. Procurada para comentar, a Abear negou “veementemente” ter feito contribuições ilegais a políticos.
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“A Associação Brasileira das Empresas Aéreas desconhece o conteúdo da delação premiada do empresário Henrique Constantino, dono da Gol , mas nega veementemente que já tenha feito qualquer contribuição financeira a parlamentares, por meio de contratos fictícios, em seus sete anos de atividade. A Abear reitera que está à disposição da Justiça e das autoridades competentes para prestar esclarecimentos a respeito”, diz a entidade, presidida por Eduardo Sanovicz.
A Gol, por meio de sua assessoria, afirmou: “ Henrique Constantino não faz parte da administração da companhia desde julho de 2016, quando deixou o Conselho de Administração. A companhia esclarece que sempre esteve à disposição, cooperando com as autoridades”.
A Azul informou que “desconhece os fatos levantados”. A Latam , sucessora da TAM, também disse desconhecer os fatos e que “prestará esclarecimentos à Justiça caso seja acionada”. A Avianca não respondeu.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia , afirmou que “não recebeu nenhum tipo de benefício da Abear e que não conhece o delator”. A defesa de Romero Jucá classificou a acusação de “flagrantemente inverídica” e afirmou que as delações “têm tentado promover uma indevida criminalização da atividade política”. A defesa de Ciro Nogueira adotou a mesma linha: disse que os fatos são “inverídicos” e que as acusações tentam promover “indevida criminalização da política”.
Atual secretário de Turismo do governo do Rio, Otávio Leite diz nunca ter recebido repasses da Abear e que os recursos que obteve de campanha foram legais. O advogado de Marco Maia afirmou que o deputado não conhece Constantino e “aguardará o momento próprio para refutar as falsas acusações”. O ex-deputado Vicente Cândido também disse desconhecer a doação.
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O ex-deputado Bruno Araújo reagiu: “Conheço Sanovicz e dezenas de outros representantes de entidades públicas e privadas. Todas as doações recebidas foram devidamente declaradas”. Edinho Araújo, por sua vez, ameaçou ir à Justiça contra Constantino: “Repudio com veemência a menção ao meu nome. Conheci Sanovicz na Câmara”.