TRF-4 mantém condenação de Cláudia Cruz, mulher de Cunha, por evasão de divisas
Cumprindo regime aberto, esposa do ex-presidente da Câmara teve mantida a pena de dois anos e seis meses por se beneficiar de propina do marido
Por iG Último Segundo |
A jornalista Cláudia Cruz, esposa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB), teve condenação por crime de evasão de divisas mantida nesta quinta-feira (18) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os desembargadores rechaçaram recurso da defesa e mantiveram a pena de dois anos e seis meses, que é cumprida em regime aberto.
O advogado que representa Cláudia Cruz , Pierpaolo Bottini, contestava a dosimetria da pena imposta pelo próprio tribunal de Porto Alegre, em julho do ano passado. À época, os desembargadores da Oitava Turma divergiram da sentença do então juiz Sérgio Moro , que havia inocentado a esposa de de Cunha, e a consideraram culpada por manter depósitos não declarados no exterior, se beneficiando de parte do dinheiro recebido como propina por seu marido no contrato entre a Petrobras e uma empresa petrolífera em Benin, na África, em 2011.
Leia também: TRF-4 nega recurso e Dirceu pode voltar a ser preso pela Lava Jato
Você viu?
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Cláudia usou parte do dinheiro para gastos pessoais fora do país. Moro, por outro lado, havia considerado que a jornalista teve “participação meramente acessória”, entendendo que era “bastante plausível” a alegação de Cláudia no sentido de que a gestão financeira da família era de responsabilidade de Eduardo Cunha .
Pelos mesmos fatos, Cunha foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão e está preso, desde 2016, no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A pena, posteriormente, foi reduzida para 14 anos e 6 meses de prisão .
A absolvição de Cláudia Cruz por crime de lavagem de dinheiro foi mantida.