"São bombas nucleares que garantem a paz", afirma Eduardo Bolsonaro
Deputado e filho do presidente defende efetivo maior para o Brasil ser 'levado mais a sério pelo Maduro, ou temido pela China ou Rússia"
Por iG Último Segundo | - com informações da Agência O Globo |
Em evento da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, da qual é presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a posse de armas nucleares e disse que o "politicamente correto" o impede de falar abertamente sobre a possibilidade de guerra com a Venezuela.
A reunião, na tarde desta terça-feira (14), foi um encontro de Eduardo Bolsonaro com alunos da Escola Superior de Guerra, entidade em que se formam militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.
"São bombas nucleares que garantem a paz. Se nós já tivéssemos os submarinos nucleares já finalizados, que têm uma economia muito maior dentro d'água; se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fossemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro, ou temidos pela China ou pela Rússia", afirmou.
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Ele frisou, porém, que não há debate no Congresso sobre o assunto no momento. O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado por 189 países, foi endossado pelo Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1998.
"Esse assunto não é pauta nesse momento, eu sequer vejo debate nesse sentido. A gente sabe que, se o Brasil quiser atropelar essa convenção, tem uma série de sanções, é um tema muito complicado. Mas acredito que possa voltar ao debate aqui", ponderou.
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O deputado citou ainda Índia e Paquistão, dos poucos países que não assinaram o tratado, como um exemplo positivo.
"Paquistão e Índia, como é a relação dos dois? Se só um tivesse bomba nuclear, a relação não seria a mesma. Sou entusiasta dessa visão. Vão dizer que eu sou agressivo ou que quero tocar fogo no mundo, mas enfim. De fato. Por que o mundo inteiro respeita os Estados Unidos?", questionou. "Explodiram o World Trade Center, o que eles fizeram? Passaram por cima de tudo quanto é veto e invadiram o Iraque".
Dirigindo-se aos militares presentes no evento, Eduardo ressaltou que, em um eventual conflito com a Venezuela , eles teriam um papel importante e que as pessoas só dão valor às Forças Armadas "quando precisam", já que há uma crença generalizada de que o Brasil é um país pacifista, que não entra em guerra. O deputado federal ainda chamou Maduro de "maluco associado a terroristas".
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"Pois bem. Estamos tendo um problema com a Venezuela, e o politicamente correto me impede de falar algumas coisas, então tenho que falar que está tudo muito bem, que nós nunca entraremos em guerra e podem ficar tranquilos. É claro, é uma ironia, o que eu estou falando", disse.
"Do lado de lá da fronteira tem um maluco associado a terroristas e ao narcotráfico. A gente sabe que, a qualquer momento, se isso daí evoluir para um quadro pior, que é o que ninguém deseja, quem vai entrar em ação são principalmente os senhores", finalizou Eduardo Bolsonaro .