Governadores entregaram ao presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quarta-feira (8), uma carta com seis pautas consideradas prioritárias para os estados. Em café da manhã na residência oficial do Senado, eles voltaram a manifestar apoio à reforma da Previdência, mas frisaram que precisam das outras medidas para equilibrar as contas.
Além de 21 governadores e quatro vices, o presidente foi recebido pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários. O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) também participou do encontro.
Os seis pontos defendidos pelos governadores são: o chamado Plano Mansueto; compensação por perdas com a Lei Kandir; manutenção do Fundeb; aprovação da securitização da dívida dos estados; extensão dos ganhos com a cessão onerosa aos estados; e apoio à PEC da redistribuição do fundo de participação dos estados.
Com agenda no Rio, Bolsonaro falou aos governadores e deixou o encontro uma hora e meia depois. Os políticos permanecem na residência oficial para "aprofundar a discussão dos pontos", segundo Alcolumbre.
Você viu?
Presente no encontro, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio, contou que Bolsonaro fez uma analogia de "um tio que se casou com uma moça que tinha sete filhos". "Era apaixonado pela moça, mas junto com isso vieram bastante encargos em função das sete crianças. Ele disse que todos nós estamos apaixonados pela causa, mas aumentou demais a necessidade de recursos", afirmou.
Ainda segundo o parlamentar, o presidente repetiu que fará o que puder para desburocratizar o ambiente de negócios através de decretos, para impulsionar a economia dos estados.
Em discurso, Maia defendeu que "é preciso organizar, através do Parlamento, claro, com a liderança do presidente da República e dos governadores, um grande acordo que reorganize as contas públicas de todos os entes da Federação".
Leia também: Bolsonaro estende direito a porte de armas para políticos e caminhoneiros
"Não adianta aprovarmos a reforma da Previdência da União porque o Brasil não é um país onde há uma separação entre municípios, estados e União. É um sistema. Se você resolve parte do sistema, não adianta porque a outra parte continua sofrendo, sangrando e servindo mal à sociedade brasileira", defendeu.