Moro defende pacote anticrime e pede apoio: "E você, o que defende?"
Ministro da Justiça voltou a defender projeto e disse que cabe ao Executivo, junto ao Congresso, 'posicionar e liderar' as mudanças na legislação
Por iG São Paulo |
O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Morovoltou a defender nesta terça-feira a aprovação do pacote anticrimeque apresentou ao Congresso em fevereiro. Para Moro, caberá principalmente ao governo do presidente Jair Bolsonaro , com o apoio do Congresso, realizar o que ele chama de "uma mudança de um sistema de leis que favorece a impunidade para um de responsabilidade".
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"Ao Supremo caberá dar a última palavra, mas o Governo não pode agir como uma avestruz. O Governo tem que se posicionar e liderar, com o Congresso, a mudança de um sistema de leis que favorece a impunidade para um de responsabilidade. E você, o que você defende?", publicou Moro
na manhã desta terça-feira (16), em provocação aos seguidores que reúne no Twitter.
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Em outras mensagens, Moro escreveu sobre pontos relevantes da proposta, como tem feito frequentemente. Ele disse que as 14 alterações sugeridas são "medidas simples e eficazes contra o crime" e que têm como um dos objetivos "deixar clara a posição favorável do ministério e do governo do presidente Jair Bolsonaro quanto à execução da pena após a condenação em segunda instância" — um dos principais pontos-chave do pacote.
O ministro defendeu ainda que a condenação em segunda instância impede que as ações sejam atrasadas por apresentações de recursos que visam apenas gerar a impunidade daqueles que conseguem manipular o sistema processual. Para ele, essas práticas não representam a democracia, uma vez que todos devem estar sujetos à lei.
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"Não viola a presunção de inocência. Esta proíbe condenação sem provas categóricas e a banalização da prisão preventiva antes do julgamento. Não tem relação com efeitos de recursos. Se houver um recurso que pareça plausível, o Tribunal suspende a execução da condenação", defendeu Moro
.