O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) prestou depoimento nesta terça-feira (16) na sede da Polícia Federal na capital paulista como testemunha em inquérito instaurado em 2011, no caso do acordo de leniência que envolve diversas empresas, inclusive a Alstom, e o Cade.
A ação aborda como as empresas fraudavam licitações de obras do governo federal. A defesa de Alckmin reiterou que o tucano não é investigado no caso e que o depoimento já estava agendado há algumas semanas.
O depoimento do tucano ocorre um dia após seus bens terem sido bloqueados por decisão da Justiça. A decisão, que cabe recurso, é do juiz Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, atendendo a um pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo.
Muñoz ordenou o bloqueio de R$ 39,7 milhões dos investigados, incluindo o tucano , a própria empreiteira e mais cinco réus executivos da empresa. O pedido de bloqueio em relação à conta do ex-governador paulista é de R$ 9,9 milhões .
O processo está relacionado com uma denúncia de caixa 2 da Odebrecht para a campanha de 2014, em que Alckmin se reelegeu no primeiro turno. A assessoria do ex-governador disse que a doação à campanha é desconhecida e que não há qualquer associação com atos de governo.