Nesta quinta-feira, a agenda do presidente Jair Bolsonaro foi reservada para encontros com líderes de partidos , tudo na tentativa de conseguir maior apoio para a aprovação da reforma da Previdência. Segundo na lista de "convidados", Gilberto Kassab, presidente do PSD, garantiu que o partido não vai fechar questão sobre o tema.
"Em relação às bancadas, o partido não fechará questão, mas haverá um esforço bastante intenso no sentido de mostrar aos parlamentares a importância delas (reformas) para o Brasil", disse Kassab , logo após a audiência com Bolsonaro .
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O ex-ministro revelou que o presidente pediu apoio para a aprovação da questão, mas que em nenhum momento houve qualquer tipo de oferecimento de vagas ou espaço maior no governo. Além disso, exaltou o gesto de procurar os partidos para dialogar.
"É uma sinalização importante, uma conduta emblemática, que mostra que ele etá disposto a se envolver. O partido tem uma posição muito clara em relação à sua independência em relação ao governo e essa posição continuará", finalizou Kassab.
Agenda presidencial cheia
Além do presidente do PSD, Bolsonaro terá audiências com Geraldo Alckmin (PSDB), ACM Neto (DEM) e Romero Jucá (MDB). No início do dia, o encontro foi com o Deputado Marcos Pereira, Presidente Nacional do PRB.
A sequência de reuniões faz parte do plano do presidente de "jogar pesado" para conseguir a aprovação da reforma da Previdência, ideia divulgada por ele quando ainda estava em Israel, momentos antes do retorno ao Brasil.
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"Vamos jogar pesado na Previdência, porque é um marco. Se der tudo certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar", afirmou Bolsonaro. Apesar da postura, disse que o Congresso é soberano e pode fazer "polimentos" no projeto.
“O deputado, na ponta da linha, sabe onde calo aperta. A boa Previdência é a que passa. Quem vai bater o pênalti é Câmara, e depois Senado. Gostaria que passasse como chegou. Mas não existe projeto que não tem mudança, é coisa rara de acontecer”, finalizou o presidente.
Apoio do "Centrão"
Com o atual posicionamento, Bolsonaro mostra que está disposto a conseguir o apoio dos partidos que compõem o chamado "Centrão", mesmo depois de ter se referido a eles como "a nata do que há de pior no Brasil" quando apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin.
“Na vida pública, aqueles que levarem em consideração tudo o que é falado em campanha acabam ficando sozinhos”, afirmou Kassab , ao explicar o motivo de ter aceitado o convite do presidente para dialogar.