O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reuniu com Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (4) para discutir apoio do PSDB à reforma da Previdência. O presidente do partido garantiu que a sigla manterá sua independência e não pleiteia cargos em troca de votos a favor da proposta do governo.
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“O PSDB tem uma postura de independência em relação ao governo. Não há nenhum tipo de troca. Não participaremos do governo. Não aceitamos cargos no governo e votamos com o Brasil. Aquilo que a gente entende que é importante para o país, para voltar a crescer, ter emprego, ter renda, o partido vai votar favorável. Aquilo que a gente entender que não é justo, nós votaremos contra”, disse Geraldo Alckmin após o encontro com Bolsonaro.
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O ex-governador ressaltou a necessidade da reforma para o Brasil, mas defendeu que a Previdência seja sem privilégios e que priorize a justiça social e fiscal. O tucano antecipou que o partido não concorda com as alterações propostas pelo governo nos pontos sobre o benefício de prestação continuada (BPC) e sobre a aposentadoria rural.
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“O que é importante na reforma é idade mínima e tempo de transição. (Sobre) BPC, somos contra, como também a questão rural. Se há uma diferença de idade na área urbana, por que não há na área rural?”, observou.
Geraldo Alckmin foi adversário de Bolsonaro nas últimas eleições. O candidato do PSDB terminou o primeiro turno na quarta posição, com 4,76% dos votos válidos. No segundo turno, preferiu se manter neutro, mas liberou que tucanos se posicionassem como preferissem. João Doria, que foi eleito governador por São Paulo, declarou apoio a Bolsonaro, em contraponto a Fernando Haddad (PT).