Candidatos a presidente derrotados na última eleição, Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) lançaram um manifesto, nesta terça-feira (26), contra o que chamam de “desgaste do governo Bolsonaro”. Estiveram presentes na reunião também a vice de Boulos no último pleito, Sônia Guajajara (PSOL), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e o ex-governo da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB).
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O encontro foi chamado por Fernando Haddad de “unidade do campo progressista, contra o projeto antinacional, antipopular é antidemocrático do atual desgoverno”. Convidado, o PDT de Ciro Gomes não teve enviou nenhum representante.
Em comunicado, os políticos informaram que se posicionam contra o texto da reforma da Previdência enviado por Bolsonaro ao Congresso e que se preocupam com “atitudes antinacionais”.
Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres. (...) Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.
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A reunião também serviu para que os integrantes do encontro mais uma vez pedissem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“É urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado.
Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil”, informa documento assinado por todos os presentes à reunião.
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Candidato derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, Fernando Haddad se coloca como um dos principais opositores do governo. Recentemente, o petista organizou uma comitiva pelo Nordeste, região em que recebeu mais votos que o adversário no último pleito.