Gilmar Mendes e Rodrigo Maia se reuniram na residência oficial da Câmara dos Deputados, nesta manhã
Divulgação/Agência Brasil/José Cruz
Gilmar Mendes e Rodrigo Maia se reuniram na residência oficial da Câmara dos Deputados, nesta manhã

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes estavam juntos na residência oficial da Câmara enquanto o ex-presidente Michel Temer (MDB) e seu ex-ministro Moreira Franco – sogro de Maia – eram levados pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (21) .

O encontro entre os dois não estava previsto nem na agenda da Câmara, nem na programação de Gilmar Mendes , que saiu da casa de Maia às 10h40 – momentos após Temer ser preso, porém antes de Moreira ser levado. Também estavam presentes na residência o deputado Efraim Filho (DEM-PB) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A ordem das prisões é do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que já foi alvo de críticas por parte de Gilmar Mendes. Na decisão que mandou prender o ex-presidente, o juiz deixou claro que  Mendes não deve receber qualquer recurso de Temer ao Supremo Tribunal Federal. "Não há relação entre este procedimento e as ações penais derivadas das denominadas operações Saqueador e Calicute e seus desdobramentos."

Mendes é relator no STF de todos os casos relacionados com a Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que já prendeu o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), por exemplo. Dessa forma, o distanciamento de Mendes de inquéritos envolvendo a prisão do ex-presidente seria necessário para “evitar confusões a respeito da competência para eventual impugnação desta decisão”, segundo Bretas.

Da mesma forma, Bretas ainda destacou que um eventual recurso do ex-presidente deverá ser distribuído ao ministro Luís Roberto Barroso, já que o processo na 7ª Vara Federal do Rio está ligado a inquérito que é relatado por Barroso no Supremo.

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Michel Temer responde a dez inquéritos: cinco deles em primeira instância e cinco no Supremo Tribunal Federal. Nas redes sociais, internautas fizeram brincadeiras com uma possível tentativa de Gilmar Mendes de “salvar” o ex-presidente, classificado como um “líder de organização criminosa” e “principal responsável pelos atos de corrupção descritos”, segundo escreveu Bretas na decisão.

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