Agentes de segurança devem ser amparados caso precisem matar, defende Bolsonaro

No Twitter, o presidente compartilhou a opinião do juiz Marcelo Bretas e apoiou "uso da letalidade" de agentes para "defender a população". Confira

O presidente Jair Bolsonaro defendeu que trabalhadores do setor de segurança pública ou privada sejam amparados caso precisem matar
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 1.1.19
O presidente Jair Bolsonaro defendeu que trabalhadores do setor de segurança pública ou privada sejam amparados caso precisem matar


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta terça-feira (5), que agentes de segurança tenham o apoio de leis caso precisem matar alguém em serviço. De acordo com ele, o amparo aos policiais que "usarem da letalidade" é necessário para "regatar a paz" no País.

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Para o presidente, é de extrema importância que agentes públicos ou não do setor de segurança recebam auxílio caso levem alguém a obto durante o trabalho. "Palavras minhas: é urgente que o Congresso aprecie matérias para que os agentes de segurança pública ou não, usem da letalidade para defender a população, caso precisem e estejam amparados por lei para que possamos resgatar a paz diante do terror que vivemos em todo Brasil", escreveu Bolsonaro em sua conta oficial no Twitter.

Confira a publicação completa:


A publicação na rede social aconteceu um forma de apoio a uma postagem do juiz Marcelo Bretas , da 7ª Vara Federal Criminal, também no Twitter. Ele rebateu um post da jornalista Mônica Bergamo sobre violência policial .

Bretas disse que "policiais também" morrem e que, "eventualmente", é necessário que eles utilizem força e "até mesmo" matem durante o serviço. 

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Seu tweet foi uma resposta ao "polícia mata", escrito pela jornalista na rede social na última segunda-feira (4). Bergamo  fez esse comentário ao citar uma matéria do portal UOL, que produziu um levantamento sobre a quantidade de pessoas mortas pela Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo no ano passado.

A matéria diz que 64% das pessoas mortas pela (PM) no estado, em 2018, eram pretas ou pardas. A reportagem do site utilizou dados do Portal da Transparência da SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) e 750 boletins de ocorrência (B.O.).

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Em sua publicação na rede social, no entanto, Bolsonaro não falou diretamente sobre o levantamento do UOL.